A Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) são as duas únicas
brasileiras a aparecer no ranking das 100 melhores universidades do mundo
fundadas há menos de 50 anos.
A Unicamp, de 46 anos, é a 44ª
melhor. A Unesp (Universidade Estadual Paulista), com 36, quase fica de fora.
Está na 99ª posição. O ranking foi
elaborado pela primeira vez pelo THE (Times Higher Education), um dos mais
importantes institutos de avaliação do ensino superior no mundo.
Segundo Phil Batty, responsável
pelo estudo, a exclusão das universidades com mais de 50 anos permite conhecer
as "futuras Harvards ou Oxfords", numa referência às centenárias
escolas dos EUA e do Reino Unido que costumam liderar os rankings de melhores
lugares para estudar no mundo.
O THE faz outros rankings. No
mais conceituado e completo, que inclui todas as universidades do mundo e
envolve 13 critérios de avaliação, a USP (Universidade de São Paulo) é a única
brasileira. Na lista divulgada no ano passado, estava no 178º lugar entre 200.
Em outro, que mede a reputação de uma instituição
entre professores e pesquisadores ao redor do mundo, também só a USP aparece,
na faixa entre o 61º e o 70º lugar.
Esse novo ranking, das caçulas,
usa os mesmos 13 critérios, que incluem número de alunos por professores,
dinheiro investido em pesquisa, total de docentes e estudantes estrangeiros e
publicação em revistas científicas.
A líder é a Universidade de
Ciência e Tecnologia de Pohang, que fica na Coreia do Sul. Foi criada em 1986
com dinheiro de uma companhia de ferro e aço que, à época, era parte estatal,
parte privada.
A universidade é privada, cobra
cerca de R$ 17 mil de anuidade dos alunos de graduação e tem 3.000 estudantes.
É totalmente focada em pesquisa.
A Coreia ocupa ainda o 5º lugar,
com o Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia.
O Brasil tem motivos para
comemorar --é o único país da América Latina no índice, e outros emergentes
como Índia e Rússia estão de fora-- e para se envergonhar: estamos longe do
topo e atrás de países muito menores, como Cingapura (16º), ou também
emergentes, como a Turquia (32º).
"É possível ter um otimismo
cauteloso de que essas jovens universidades brasileiras irão, com o tempo,
subir no ranking", disse Bates à Folha.
Segundo ele, o que esse novo
ranking mostra é que universidades pequenas, que focam seus investimentos em
determinadas áreas, acabam se saindo melhor.
Outra brasileira de renome, a
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) ficou fora do ranking porque,
segundo o THE, não repassou os dados objetivos usados para análise e
classificação.
Na segunda-feira, outra
instituição, a QS (Quacquarelli Symonds), também do Reino Unido, divulgou o seu
ranking das 50 melhores universidade do mundo com menos de 50 anos.
A Unicamp é a única brasileira,
em 22º lugar.
Os dois institutos adotam
critérios diferentes. Enquanto no THE a pesquisa tem peso maior, no QS conta
mais a reputação de uma universidade no meio acadêmico mundial.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/1098023-unicamp-e-unesp-sao-unicas-brasileiras-em-lista-de-melhores-universidades.shtml
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