terça-feira, 29 de março de 2011

Nova formulação de vacina é testada no Pará

A partir do mês de maio, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, inicia no Pará, em parceria com o Instituto Evandro Chagas, com a Universidade do Estado do Pará e com a Secretaria de Estado de Saúde, um projeto para avaliar se é possível utilizar uma nova formulação de vacina contra a febre amarela, a fim de garantir a ampliação da cobertura onde o risco da disseminação da doença é real, dentro e fora do Brasil. De acordo com a médica pesquisadora e coordenadora principal do estudo no Estado, Consuelo Oliveira, cerca de 1.800 crianças participarão do projeto.

Ela afirma que a vacina aplicada hoje em dia tem potência muito mais forte do que o necessário para imunizar uma criança, e uma nova formulação garantiria não apenas o aumento da capacidade de produção, mas também a diminuição de riscos de efeitos colaterais. Farão parte do projeto crianças com idade entre nove e onze meses e 29 dias.

'Essas crianças que participarão do estudo serão recrutadas nas próprias unidades de saúde onde recebem a vacina e os responsáveis receberão todas as orientações, além da informação mais importante de todas: de que não se trata de uma nova vacina, mas de uma formulação melhorada. A grande importância desse projeto é, sem dúvida, a possibilidade de produzirmos vacina em maior quantidade. Nosso objetivo é trabalhar em prol mesmo da erradicação da doença, tanto que essa pesquisa não é uma motivação apenas nossa, é um projeto do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde', detalha Consuelo.

O projeto, que vai contar com pediatras e vários outros profissionais da saúde, poderá durar entre seis meses e um ano. Em 2010, a região Norte teve apenas um caso de febre amarela confirmado, e foi justamente no Estado do Pará, registrado durante o mês de junho.


Fonte: Portal ORM

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